Pra piorar ainda mais, durante o período eleitoral, a realização de empréstimos pelo poder executivo pode ser vista como uma tentativa de melhorar artificialmente a situação fiscal e financeira do município para ganhar votos ou viabilizar obras de última hora que ajudem na campanha política. Isso, no entanto, pode causar desequilíbrio fiscal para o próximo governo, que muitas vezes herda uma dívida considerável sem recursos suficientes para quitá-la.
O termo "ao apagar das luzes" refere-se à prática de realizar atos administrativos de última hora, frequentemente antes de deixar o cargo, o que pode incluir a contratação de empréstimos, assinatura de contratos ou concessão de aumentos salariais. Essas ações podem ser problemáticas, pois podem não passar por uma análise criteriosa de longo prazo, comprometendo os próximos gestores ou utilizando recursos para objetivos políticos de curto prazo.
A Câmara de Vereadores e os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas, têm a responsabilidade de fiscalizar essas operações. Empréstimos realizados nesse período devem ser justificáveis, acompanhados de planos claros para o uso dos recursos e devem ter transparência total quanto às condições e prazos de pagamento. Além disso, é importante que a sociedade civil esteja atenta e questione o uso desses recursos, principalmente se houver suspeita de desvio de finalidade.
Caso o empréstimo seja mal utilizado ou realizado de forma irresponsável, a próxima administração poderá sofrer com a falta de recursos e com a necessidade de pagar dívidas. Isso pode significar a interrupção de serviços ou de obras importantes, além da redução da capacidade de investimentos em novas ações que beneficiem a população e se um empréstimo for realizado em um município durante o ano eleitoral e ao "apagar das luzes" do mandato, os cidadãos e vereadores têm o direito e o dever de exigir transparência e justificativa clara sobre o uso dos recursos. Além disso, é importante verificar se os trâmites legais foram seguidos e se a operação foi conduzida dentro dos limites impostos pela LRF. Uma gestão responsável é essencial para garantir que o empréstimo realmente beneficie o município e não se transforme em uma herança negativa para as futuras administrações.
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