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AÇÚ - MINISTÉRIO PÚBLICO RECOMENDA FIM DO USO ILEGAL DE COMISSIONADOS NO TRÂNSITO DE AÇÚ

 




Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Assú, emitiu uma Recomendação oficial ao prefeito da cidade devido a graves irregularidades identificadas na Secretaria de Mobilidade Urbana e no Departamento Municipal de Trânsito (DEMUTRAN).


A medida foi tomada no âmbito de um procedimento que apura denúncias envolvendo a nomeação de servidores comissionados para funções típicas de agentes de trânsito, cargo que, por lei, só pode ser exercido por servidores efetivos, ou seja, aprovados em concurso público.


Segundo o MP, a prática configura desvio de finalidade e fere a Constituição Federal e a Resolução nº 811/2020 do CONTRAN, que determina que as ações de fiscalização e operação de trânsito devem ser desempenhadas exclusivamente por servidores concursados.


Entenda os principais pontos da recomendação:

  • O DEMUTRAN foi criado em 2013, com previsão legal de 16 agentes de trânsito. Atualmente, o setor opera com apenas quatro servidores efetivos;

  • Para tentar suprir o déficit, foi realizado concurso em 2024, oferecendo 11 vagas. O concurso foi homologado em maio de 2024, mas os aprovados ainda não foram convocados;

  • Enquanto isso, servidores comissionados (14, segundo o MP) vêm assumindo funções operacionais de trânsito, como fiscalização em eventos, o que viola a legalidade e prejudica os concursados e os efetivos;

  • O MP também apontou que Assú tem mais de 30 mil veículos registrados, o que demandaria pelo menos 30 agentes para atender às normas técnicas;

  • Além disso, o município nunca implantou a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI), prevista em lei desde 2013, deixando os cidadãos sem instância adequada para recorrer de multas.


O que o MP quer?

O órgão recomendou duas ações imediatas ao Município:

  1. Parar imediatamente de usar comissionados em funções de agente de trânsito;

  2. Em até 90 dias, implantar oficialmente a JARI, com cronograma e nomeação de membros.

    

Caso a recomendação não seja cumprida, o Ministério Público poderá adotar medidas judiciais ou extrajudiciais, como ações civis públicas, para garantir o cumprimento da lei e proteger o interesse público.


Recomendação do M.P ao prefeito de Assú

Fonte: Ministério Público do RN

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