A Prefeitura de Itajá já comprometeu mais de R$ 7 milhões com despesas na área da saúde apenas nos seis primeiros meses de 2025. Desse total, quase R$ 5 milhões foram pagos a apenas duas organizações sociais (OS) que atuam por meio de contratos de gestão de unidades básicas e serviços no município.
Sem licitação clara, critérios de seleção divulgados ou prestação de contas detalhada à população, os contratos dessas OS seguem operando de forma pouco transparente, o que levanta sérias dúvidas sobre a legalidade e a fiscalização desses gastos.
A maior beneficiada é o Instituto Compartilha Sameac, com sede em Fortaleza (CE), que já recebeu R$ 3.799.000,00 da Prefeitura. A outra OS, o Instituto Ambiental de Saúde – IASO, que tem sede no próprio município de Itajá, foi contemplado com R$ 833.000,00 no mesmo período.
Juntas, as duas entidades respondem por cerca de 70% de tudo o que foi gasto pela Secretaria Municipal de Saúde neste primeiro semestre.
Apesar dos altos valores e da ausência de informações claras no Portal da Transparência, a Câmara de Vereadores segue inerte, sem promover qualquer tipo de apuração ou cobrança de explicações à gestão municipal. A conivência do Legislativo local com os gastos milionários agrava ainda mais o cenário de falta de controle e fiscalização.
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