O prefeito de Pureza, Ricardo Brito, foi às redes sociais comemorar a instalação de iluminação em LED em algumas ruas do município, tratando o ato como um grande feito da gestão. No entanto, os números revelam que não há nada de excepcional na medida: trata-se apenas da aplicação direta da arrecadação da taxa de iluminação pública paga pela própria população.
De janeiro a julho deste ano, a Prefeitura arrecadou R$ 170.720,39 com a Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (CIP). Parte desse recurso foi utilizada na aquisição de equipamentos junto à empresa Lumiart Comércio e Serviços Ltda, que recebeu R$ 111.643,62 para a execução do serviço.
A arrecadação da taxa deve, justamente, ser revertida em melhorias na iluminação da cidade, como determina a lei. Portanto, ao contrário do tom de exaltação adotado pelo gestor nas redes sociais, a ação não passa do cumprimento de uma obrigação legal, custeada pelo bolso dos próprios moradores.
Enquanto isso, a população segue arcando com a cobrança mensal da taxa na conta de energia elétrica, sem que haja espaço para rotular o ato da Prefeitura como algo além do dever administrativo.
Em resumo: o prefeito comemora, mas quem paga é o povo.
Arrecadação de taxa de iluminação |
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