A gestão do prefeito Zé Figueiredo, em São José, vem ampliando os gastos com festas, cachês de artistas e estruturas de eventos, enquanto reduz os investimentos em áreas essenciais como educação e saúde.
De acordo com dados do Portal da Transparência em outubro de 2024, a Prefeitura havia desembolsado R$ 2.100.000,00 com cachês de bandas, artistas e estrutura de som e palco. No mesmo período de 2025, o valor disparou para R$ 3.083.699,73, um aumento de quase R$ 1 milhão em apenas um ano.
Os números revelam uma prioridade invertida dentro da administração municipal, que segue investindo pesado em eventos e festividades, enquanto as áreas de maior impacto social seguem sem em segundo plano.
Segundo o painel fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), a gestão aplicou apenas 11,62% das receitas em educação e 14,94% em saúde, índices considerados baixos e preocupantes diante das necessidades do município.
Enquanto isso, a Câmara de Vereadores que deveria exercer o papel de fiscalização e controle dos gastos públicos, mantém silêncio diante do aumento das despesas festivas.
O cenário reforça o uso do velho e conhecido “PÃO E CIRCO”, prática recorrente em administrações do interior potiguar, que priorizam o entretenimento em detrimento das verdadeiras demandas populares.
A falta de transparência e de prioridade nos investimentos reforça o questionamento sobre até que ponto a arrecadação do município tem sido revertida em benefícios reais para os cidadões, que continuam enfrentando deficiências em serviçoes essenciais
| Despesas com festas em 2025 |
| Painel fiscal do TCE |
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