Nos primeiros 90 dias da gestão do prefeito Souza, os números revelam uma distribuição de gastos que levanta questionamentos sobre as prioridades da administração. Enquanto a área da saúde, historicamente uma das mais demandadas pela população, recebeu R$ 5.680.346,85 em investimentos, o gabinete do prefeito consumiu praticamente o mesmo montante: R$ 5.628.369,84.
A diferença entre os dois setores é de apenas R$ 51.977,01, menos de 1% a mais em favor da saúde. A proximidade desses valores chama atenção, principalmente em um cenário em que hospitais enfrentam dificuldades estruturais, unidades básicas de saúde relatam falta de insumos, e a população clama por melhorias no atendimento.
O alto custo do gabinete, em contraste com a necessidade de investimentos mais robustos em áreas essenciais, como saúde, educação e assistência social, pode indicar uma prioridade voltada mais à manutenção da máquina administrativa e estrutura política do que ao atendimento direto das demandas populares.
Apesar de ser comum que os primeiros meses de mandato envolvam reorganização interna, contratações e ajustes administrativos, o equilíbrio quase exato entre os gastos com o gabinete e com a saúde levanta dúvidas: qual é, de fato, a prioridade da gestão Souza?
Painel das despesas por unidades Fonte: Portal da transparência |
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