Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), divulgados por meio do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do primeiro quadrimestre de 2025, a Prefeitura Municipal arrecadou R$ 51.883.313,26. No entanto, as despesas empenhadas somaram apenas R$ 35.595.251,28, ou seja, há uma diferença expressiva que levanta questionamentos urgentes sobre o destino do caixa financeiro do município.
Com demandas crescentes por serviços públicos, infraestrutura, saúde, educação e melhorias urbanas, a pergunta que ecoa entre os moradores é: o que a prefeita pretende fazer com tanto recurso em caixa enquanto a cidade segue carecendo do básico?
Mais preocupante ainda é a postura da Câmara de Vereadores, que parece alheia à execução das receitas e despesas municipais. A falta de fiscalização e acompanhamento dá carta branca à prefeita para gerir o orçamento praticamente sem limites ou contrapesos, um cenário perigoso para qualquer democracia.
Quatro meses de arrecadações robustas, que poderiam representar o início de um ciclo virtuoso de investimentos e avanços, estão se tornando um pesadelo para a população. O discurso de planejamento dá lugar à estagnação, enquanto ruas continuam esburacadas, unidades de saúde enfrentam dificuldades e servidores apontam atrasos e desorganização.
A boa arrecadação existe, os números estão aí. O que falta, até agora, é gestão, transparência e compromisso com quem mais precisa ver esse dinheiro transformado em qualidade de vida.
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