Os gastos com a folha de pagamento da Câmara Municipal de Fernando Pedroza tiveram um salto expressivo nos cinco primeiros meses de 2025. Dados públicos revelam que entre janeiro e maio deste ano, a despesa com pessoal chegou a R$ 419.357,59. No mesmo período do ano passado, o custo foi de R$ 317.125,88, o que representa um aumento de R$ 102.231,71, ou aproximadamente 32% a mais em comparação ao ano anterior.
O crescimento chama atenção especialmente diante da realidade de um município pequeno como Fernando Pedroza, cuja arrecadação e estrutura administrativa são limitadas. Caso o ritmo atual de gastos se mantenha, a projeção é de que, até o final de 2025, a folha da Câmara ultrapasse R$ 1 milhão em despesas com pessoal, um patamar inédito na história recente do legislativo local.
A ampliação acelerada da folha de pagamento levanta questionamentos: quais critérios justificam esse aumento? Houve novas contratações, reajustes salariais, cargos comissionados? E mais importante: quem fiscaliza os vereadores? Serão os próprios vereadores responsáveis por controlar seus próprios gastos?
Esse tipo de pergunta se impõe diante da falta de mecanismos mais rígidos de controle externo sobre os Legislativos municipais, que muitas vezes operam em um ambiente de baixa transparência e com pouca pressão social efetiva. Em tese, o controle cabe ao Ministério Público e aos Tribunais de Contas. Na prática, no entanto, o acompanhamento dos gastos legislativos costuma ser escasso, o que favorece o inchaço da máquina pública sem a devida prestação de contas.
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