O Ministério Público Estadual instaurou o inquérito nº 03.23.2016.0000123/2025-66 para apurar possíveis irregularidades na contratação de uma empresa de transporte fluvial no município de Galinhos e que tem gerado grande polêmica devido ao alto custo mensal do serviço. O valor total do contrato ultrapassa os R$ 145 mil por mês, resultando em um gasto acumulado de R$ 3,2 milhões em 22 meses. Esse montante chama atenção, considerando que Galinhos possui pouco mais de 2 mil habitantes, tornando os valores significativamente elevados para o porte da cidade.
A principal questão levantada é se os custos são compatíveis com o tamanho do município e com a qualidade do serviço prestado. Embora o transporte fluvial seja essencial para a movimentação de moradores e alunos, além de turistas, uma parte desses visitantes opta por alternativas privadas, pagando por serviços que não fazem parte do contrato municipal.
O Ministério Público está focado em investigar se houve sobrepreço, superfaturamento ou falhas no processo licitatório que possam comprometer a transparência e a eficiência do gasto público. A investigação busca entender se os valores pagos são compatíveis com o mercado ou se existem indícios de má gestão de recursos.
Outro aspecto que tem gerado desconfiança é a postura do Legislativo municipal. Apesar de sua função constitucional de fiscalizar os atos do Executivo, os vereadores têm se mostrado omissos, o que tem contribuído para um cenário de descontrole administrativo. A falta de uma fiscalização rigorosa levanta preocupações sobre a gestão pública e a utilização dos recursos.
Diante disso, é urgente que o Legislativo cobre maior transparência e prestação de contas sobre o contrato. A sociedade civil também tem um papel fundamental em exigir uma administração mais responsável, que garanta que cada real investido tenha um impacto positivo e direto na qualidade de vida da população de Galinhos.
A população e os gestores locais devem reforçar o compromisso com a ética e a eficiência, especialmente em municípios de pequeno porte, onde a boa gestão dos recursos é ainda mais crucial para o bem-estar da comunidade.
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Inquérito 03.23.2016.0000123/2025-66 |
Fonte: Portal do MP/RN
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