Enquanto os alunos estavam em casa e as escolas fechadas por conta do recesso escolar, a Secretaria de Educação do município de Pedro Avelino (RN) seguiu gastando pesado com combustível. Apenas nos meses de janeiro e fevereiro, quando tradicionalmente não há aulas nem transporte escolar em funcionamento, o setor consumiu nada menos que R$ 29.333,00 dos cofres públicos.
O que mais chama atenção é que o gasto com combustível foi praticamente o mesmo nos meses de março e abril, quando as atividades escolares já haviam retornado: R$ 30.253,00. Isso levanta uma pergunta incômoda: por que os valores são tão parecidos se a demanda por transporte deveria ser muito diferente?
A falta de justificativa plausível para esse padrão acende o alerta para possíveis irregularidades no uso de recursos públicos. Em tese, sem aulas, não há transporte escolar ativo, logo, o consumo de combustível deveria ser muito inferior ao período letivo.
Mais grave ainda é o silêncio da Câmara de Vereadores, que deveria exercer seu papel fiscalizador. Até agora, nenhum vereador se manifestou ou exigiu esclarecimentos da Secretaria de Educação sobre o gasto elevado e possivelmente injustificado. A omissão do Legislativo municipal colabora para que esse tipo de prática continue impune.
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