O levantamento recente sobre os gastos da Câmara Municipal de Pendências revela um dado preocupante: mais de R$ 1,6 milhão foi consumido apenas com salários e encargos sociais em oito meses. Um peso significativo para os cofres públicos e para a população que sustenta essa estrutura.
Mas, em meio a tantos números, um detalhe chama atenção e expõe uma contradição: cada vereador conta em seu gabinete com apenas um assessor parlamentar. Isso significa que, mesmo diante de um orçamento elevado, falta estrutura mínima para que os parlamentares desempenhem um mandato verdadeiramente produtivo.
Como cobrar dos vereadores mais projetos, fiscalização eficiente e presença ativa junto à comunidade se lhes é negado o suporte técnico adequado? A desproporção entre a folha de pagamento e a assistência direta aos mandatos gera uma sensação de injustiça e de desperdício.
Fica aqui um apelo: que a atual presidente da Câmara, assim como os futuros gestores do Legislativo municipal, revejam urgentemente essa situação. É preciso ajustar prioridades, reduzir distorções e garantir que os recursos públicos sejam aplicados em favor da eficiência e do fortalecimento do trabalho parlamentar, e não em uma máquina cara e pouco funcional.
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