Um dos projetos sociais mais tradicionais de Fernando Pedroza, reconhecido em diversas regiões do Rio Grande do Norte, volta a enfrentar dificuldades para se manter de pé. A Escolinha Rebolado, comandada há anos pelo dedicado professor José Danúbio, continua sendo sustentada quase que exclusivamente pelo esforço voluntário do educador, que atende cerca de 40 crianças sem receber qualquer apoio fixo da gestão municipal.
Danúbio, que coleciona títulos e conquistas ao longo da história da instituição, manteve a esperança de que a atual administração, do prefeito João Maria Braga (João de Chota), pudesse mudar a realidade do esporte local. O otimismo ganhou força no início da gestão, quando finalmente foi criada a tão aguardada Secretaria Municipal de Esportes, uma antiga reivindicação dos desportistas pedrozenses.
No entanto, o que parecia ser o início de um novo tempo não se concretizou. A estrutura e as políticas públicas prometidas não avançaram, e o esporte no município acabou ficando, segundo moradores, “no túnel do tempo”. As ações esportivas hoje se resumem a lembranças, enquanto projetos como a Escolinha Rebolado sobrevivem graças ao empenho pessoal de seus idealizadores.
O exemplo mais recente da falta de apoio ocorreu neste fim de semana. Para disputar uma competição na cidade vizinha de Angicos, as crianças do projeto precisaram sair às ruas vendendo bilhetes para arrecadar o valor da taxa de inscrição e do frete do transporte. A cena, que repercutiu entre pais e moradores, foi considerada por muitos como mais uma demonstração de que o esporte deixou de ser prioridade na administração municipal.
Enquanto isso, a Escolinha Rebolado segue resistindo. Mesmo sem estrutura e enfrentando desafios diários, o professor Danúbio continua lutando para manter viva a instituição que há décadas eleva o nome da “terra da Pedra do Sapo” e forma gerações de jovens pedrozenses.
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