Completado o primeiro ano da nova gestão municipal e da atual composição do Legislativo, já é possível traçar um balanço parcial do cenário político que se desenhou na cidade. O que deveria ser um período de alinhamento institucional, diálogo produtivo e definição de prioridades acabou se transformando em mais um capítulo da conhecida queda de braço entre Executivo e Legislativo.
Na teoria, um novo ciclo administrativo costuma trazer expectativas de renovação, maturidade política e eficiência na execução de políticas públicas. Na prática, porém, o município voltou a se ver preso a uma disputa que parece não ter fim. Cada poder se movimenta como se o outro fosse adversário e não parte de uma engrenagem essencial para o funcionamento do governo.
Projetos emperram por detalhes, vetos se multiplicam, pedidos de informação se tornam armas políticas, e o ritmo da cidade segue afetado. O Executivo fala em entraves criados artificialmente. O Legislativo rebate apontando falta de diálogo e improviso administrativo. No meio desse cabo de guerra, a população segue como espectadora de uma novela política que repete enredo, personagens e consequências.
Passado um ano, a pergunta que se impõe é simples, direta e inevitável: esse embate trouxe algum benefício concreto ao cidadão? Houve avanço real nas políticas públicas? Serviços melhoraram? Obras saíram do papel? Ou, mais uma vez, o desgaste político consumiu o tempo que deveria ser dedicado à população?
O balanço parcial evidencia que, enquanto Executivo e Legislativo continuam medindo forças, a cidade segue à espera de resultados e o contribuinte que sustenta os dois poderes, acompanha, com pouca esperança de mudanças imediatas, uma disputa que insiste em colocar a política acima das necessidades reais do município.
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