A situação fiscal de São Gonçalo do Amarante (RN) virou motivo de alerta e de indignação, entre quem acompanha as contas públicas do município. Enquanto o orçamento para 2025 prevê R$ 883,6 milhões em dotações, os números mais recentes do RREO (relatório Resumido de Execução Orçamentária) mostram que a gestão do prefeito Jaime Calado segue na contramão do equilíbrio fiscal.
De janeiro a outubro, a Prefeitura liquidou R$ 395.070.894,74, mas pagou apenas R$ 381.151.294,11. Ou seja: já existe um rombo de R$ 13,9 milhões apenas nesse recorte, e isso antes mesmo de chegar ao fim do exercício.
O problema, no entanto, é ainda maior. O município empenhou R$ 560.361.172,89 no mesmo período, muito acima do que conseguiu liquidar e pagar. O resultado é previsível: aumento do passivo, risco de explosão nos restos a pagar e um registro explícito de que a gestão está empurrando dívidas para frente.
Para quem acompanha os relatórios, a conclusão é simples: a administração Jaime Calado não está preservando o equilíbrio fiscal nem demonstrando responsabilidade com o caixa público. Os números deixam claro que a Prefeitura está gastando mais do que consegue pagar, e comprometendo o futuro financeiro do município.
Enquanto isso, a população sente o impacto direto: serviços pressionados, fornecedores sem receber e investimentos paralisando. A Prefeitura, até agora, não se pronunciou sobre o déficit crescente.
O fato é que os relatórios oficiais desmontam qualquer discurso de boa gestão. O município está fechando 2025 com um buraco que já nasce grande, e que tende a aumentar se nada mudar.
Relatório do TCE
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