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MACAU: ESTRADAS DA ILHA E CAMAPUM VOLTA AO DEBATE MAS A SAGA NÃO É DE AGORA

  



A prefeita de Macau Flávia Tavares, afirmou durante discurso recente que, na gestão anterior, a obra das estradas da Ilha de Santana e da Praia de Camapum “não foi possível por falta de abertura política”. A declaração, porém, abriu espaço para questionamentos sobre a real trajetória dessa pauta no município.


A governadora Fátima Bezerra, buscando reforçar o alinhamento político com a nova gestão municipal, completou dizendo que “foi a primeira demanda que recebeu da prefeita”. Porém, ao contrário do que o discurso sugere, o tema está longe de ser novo.


Uma reivindicação antiga, repetida e ignorada.

Quem acompanha a política de Macau sabe que as cobranças por essas obras vêm de muito antes da atual gestão. Ex-prefeitos como Túlio Lemos e Zé Antônio solicitaram inúmeras vezes a execução das estradas, inclusive realizando visitas e audiências no gabinete do Governo do Estado para tratar diretamente do assunto.


Ou seja, prefeitos de diferentes grupos políticos já fizeram a mesma reivindicação e todos enfrentaram a mesma resposta: promessa, protelação e falta de prioridade e a verdade incômoda, não faltou “abertura política”. Faltou prioridade.


A declaração de que o entrave teria sido “falta de abertura política” não condiz com o histórico de solicitações feitas ao longo dos últimos anos. O problema central sempre foi outro: a ausência de prioridade do Governo do Estado para com Macau.


A obra nunca avançou porque, para o Estado, havia sempre algo considerado mais urgente, mais viável ou mais politicamente rentável. Agora, com o novo alinhamento político local, o assunto enfim voltou ao centro da mesa e tenta-se construir uma narrativa que descola o presente do passado recente.


O povo de Macau sabe da história completa

Mesmo com as tentativas de recontar os capítulos, os moradores de Macau conhecem bem os bastidores. Sabem quem realmente cobrou, quem insistiu, quem enfrentou portas fechadas e quem tenta agora transformar uma pauta antiga em “novidade”.


O debate voltou e a obra pode até finalmente sair do papel. Mas uma coisa é certa: a história dessa reivindicação não começou em 2025 e nem será reescrita ao sabor da conveniência política do momento.






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