Entre janeiro e junho de 2025, a Prefeitura de Porto do Mangue já gastou R$ 22,3 milhões do orçamento total. Deste montante, R$ 13,6 milhões, mais da metade, foram destinados exclusivamente ao pagamento de salários. O dado chama atenção e levanta sérias suspeitas sobre a gestão de recursos públicos no município, especialmente diante da baixa entrega de serviços públicos básicos.
Segundo informações disponíveis no Portal da Transparência da própria prefeitura, R$ 9,9 milhões foram direcionados ao pagamento de cargos efetivos e comissionados. A estrutura da folha, que deveria priorizar a eficiência do serviço público, parece cada vez mais inchada e politicamente loteada.
O dado mais intrigante, no entanto, é o pagamento de R$ 3,7 milhões à organização intitulada Instituto Cristão Shekinah. A entidade atua na terceirização de serviços, mas até agora não há clareza sobre quais funções justificam esse volume de repasses, o equivalente a mais de R$ 600 mil por mês.
A pergunta que ecoa nas ruas da cidade é: que tipos de cargos são esses? O que está sendo feito com quase R$ 4 milhões em apenas seis meses?
Enquanto isso, a Câmara de Vereadores, órgão que deveria exercer o papel de fiscalização dos gastos do Executivo, parece acompanhar tudo em silêncio, permitindo que se consolide o que muitos já classificam como um verdadeiro estelionato administrativo, um cabide de empregos institucionalizado.
A falta de fiscalização e transparência abre espaço para suspeitas de uso eleitoreiro da máquina pública, favorecimento político e desvio do propósito do serviço público.
Despesas com pessoal e encargos |
Despesas com a O.S. |
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