O prefeito de Areia Branca, Souza, iniciou seu mandato repetindo que herdou uma “dívida histórica” de R$ 170 milhões. A informação, utilizada politicamente para justificar medidas impopulares e ataques à gestão anterior, não encontra respaldo nos números oficiais.
Os dados do próprio município mostram que a dívida real deixada entre 2024 e 2025 foi irrisória diante do que o prefeito afirma: pouco mais de R$ 1,3 milhão. Em 2025, a gestão Souza pagou exatamente R$ 1.382.434,88 em Despesas de Exercícios Anteriores, valor que corresponde ao passivo herdado.
Se a dívida fosse realmente de R$ 170 milhões, não seria possível liquidar todo o suposto rombo com apenas R$ 1,38 milhão ao longo do ano. A matemática é simples, e ela desmonta a narrativa.
O contraste entre o discurso e os dados oficiais revela um expediente político que beira o estelionato eleitoral: inflar números para criar uma atmosfera de caos financeiro, atacar adversários e justificar cortes e escolhas administrativas.
Números não têm lado. Eles apenas revelam a verdade. E, neste caso, mostram que Areia Branca nunca teve a “dívida monumental” propagada pelo prefeito. O que existiu, e foi pago, não passou de um passivo normal de transição administrativa.
Transparência é fundamental para impedir que versões fantasiosas tomem o lugar dos fatos. E os fatos mostram que o suposto rombo não existiu, existiu apenas narrativa. Se quiser, posso complementar com quadros técnicos, gráficos ou uma versão editorial mais contundente.
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